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fevereiro de 2013 | nº24
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Caminho para uma maior internacionalização

A União Europeia é o fenómeno mais bem conseguido de integração regional. O programa Erasmus [1] apoiou a criação de um Espaço Europeu de Ensino Superior, tendo já 3 milhões de alunos participado neste programa que nasceu em 1987, ainda durante a Guerra Fria. Considero que, um dos seus objectivos principais foi investir nas camadas mais jovens, promovendo um diálogo social e intercultural entre jovens europeus, esbatendo assim os ódios antigos, então presentes. O processo de aculturação que daqui resultou foi mais um passo na direcção da tão desejada cidadania europeia.

Fundado em 1911, o Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa (ISEG/UTL), tem sido receptivo às mudanças ao longo dos tempos, investindo sempre num incremento de qualidade a par de uma preocupação por uma maior internacionalização. O Gabinete Erasmus e de Intercâmbio (GEI) do ISEG tem envidado esforços na contribuição para o incremento da mobilidade incoming e outgoing, com maior incidência no intercâmbio de alunos.

A mobilidade internacional no ISEG tem aumentado de forma exponencial. Em termos de percentagem, a mobilidade incoming aumentou 781% entre os anos lectivos de 2006/2007 e 2012/2013. A mobilidade outgoing tem evoluído de forma menos acentuada nos últimos anos. Em termos de percentagem, o aumento foi de 389% entre os mesmos anos lectivos de 2006/2007 e 2012/2013.

É interessante constatar as diferenças entre os países de destino escolhidos pelos alunos portugueses e o país de origem dos alunos estrangeiros que recebemos. Nas Figuras n.os 1 e 2 podemos ver a distribuição da mobilidade de alunos incoming e outgoing por país, no corrente ano lectivo, de 2012/2013. A Alemanha ocupa a primeira posição quer numa quer noutra mobilidade. Os novos mercados emergentes China, Rússia e Índia já começam a estar representados no intercâmbio de alunos. Um dos nossos objectivos será investir nestes mercados.

Figura 1 - Percentagem de alunos incoming

 

Figura 2 - Percentagem de alunos outgoing


O caminho para uma maior internacionalização faz-se percorrendo várias etapas, algumas das quais ainda estamos a percorrer. Na Figura n.º 3 apresentamos os sete vectores porque nos pautamos na prossecução deste objectivo. A divulgação da ampla oferta de cursos ou de unidades curriculares em língua inglesa [2], o lançamento de candidaturas online em 2013/2014, a remodelação da página Erasmus, agora mais user friendly, intuitiva e esclarecedora com a introdução das Frequently Asked Questions (Questões Frequentes), os questionários online realizados aos alunos incoming e outgoing, indispensáveis para avaliar as necessidades quer dos alunos incoming, quer dos alunos outgoing, o incentivo à mobilidade de docentes e funcionários, que tem resultado numa troca de boas práticas e num incremento de acordos bilaterais, o lançamento de estágios internacionais juntamente com a nossa aposta de investir em novos mercados fora da União Europeia, têm sido as ferramentas principais utilizadas pelo GEI na caminhada para uma maior internacionalização.

 

Figura 3 - Caminho para uma maior internacionalização

 

Pretendemos neste artigo, apresentar as estatísticas que nos mostram o nível de internacionalização no ISEG, na área de actuação do GEI. Embora não se resuma ao programa Erasmus, este é de facto, o responsável por uma maior percentagem de intercâmbio de alunos. Apesar de termos atingido percentagens de que nos orgulhamos, ainda temos diversos projectos a implementar, tais como a realização de Staff Training Weeks.

O Mundo é cada vez mais plano (Friedman, 2004) [3], no sentido em que as relações internacionais se estreitam, as distâncias se esbatem, as culturas tendem a fundir-se sem se confundir. O conceito de internacionalização tem vindo a evoluir distanciando-se do que era. A internacionalização é, hoje, diferente e mais intensa do que no passado. É neste novo Mundo que o programa Erasmus for All prepara uma nova era, ainda incerta. É neste Mundo plano que o GEI pretende continuar a dar a sua contribuição para uma maior internacionalização, almejando sempre manter elevados níveis de qualidade.

Rita Jordão
Responsável pela mobilidade incoming no
Gabinete Erasmus e de Intercâmbio do ISEG




[1] Para mais informações, consultar o link http://ec.europa.eu/education/lifelong-learning-programme/erasmus_en.htm.

[2] Curso de Gestão e 37 unidades curriculares do curso de Economia; cursos de mestrado em EconomiaEconomia Monetária e Financeira, Finanças e Ciências Actuariais; programa de doutoramento em Estudos de Desenvolvimento. Para o ano lectivo de 2013/2014, a oferta irá alargar-se a outros cursos.

[3] FRIEDMAN, Thomas L. (2004), O Mundo é Plano: Uma Breve História do Século XXI. 



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