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fevereiro de 2013 | nº24
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ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO PARA pme’S

A Alvo (www.alvo.com) é uma empresa com 36 colaboradores que já implementou projectos na área das tecnologias de informação em Moçambique, Angola, Cabo Verde, Macau e Timor. O modelo de internacionalização adoptado pela Alvo passa por uma estratégia que se adapta à realidade das PMEs nacionais.

Numa altura em que muitas empresas portuguesas sentem o mercado nacional a estagnar ou até mesmo a decrescer, entrar no mercado além-fronteiras começa a parecer uma opção extremamente apetecível, principalmente em países com um crescimento promissor.

No entanto, a decisão de avançar com a internacionalização não deve advir única e exclusivamente da conjuntura económica que atravessamos. A aposta nos mercados internacionais deverá ser uma decisão estratégica com o objectivo não só de trazer mais negócio (obviamente que este estará sempre presente), mas também de trazer valor acrescentado à empresa e aos seus clientes.

Por outro lado, apesar da internacionalização parecer uma excelente opção para as empresas que pretendem ultrapassar a diminuição da procura em Portugal, esta nem sempre é a melhor solução. Se a empresa está fragilizada, devido a problemas financeiros ou de organização, não deverá empreender um projecto de internacionalização, pois este é complexo e exigente e pode até ditar o fim da mesma.

Caso a empresa detenha uma situação sólida, então a única limitação será a sua própria ambição e a aposta nos mercados externos torna-se natural. Quando isto acontece e a empresa já escolheu qual o mercado ou mercados em que pretende estar presente, surge uma outra questão: qual o modelo de internacionalização a adoptar?

Apesar de normalmente associarmos a internacionalização à criação de delegações, com uma estrutura própria, noutros países, esta não é a única hipótese e poderá até nem ser a mais adequada pois envolve um investimento substancial, o que implica assumir um risco bastante superior. Se pensarmos nas PMEs, que normalmente têm recursos mais limitados, um investimento desta natureza poderá tornar-se insustentável ou tornar a empresa dependente de créditos, trazendo problemas de sustentabilidade que inviabilizam todo o projecto.

Na realidade, nenhuma empresa deveria “aventurar-se” e sim planear cuidadosamente a sua estratégia de internacionalização, tentando reduzir ao máximo o risco envolvido. Neste sentido, o estabelecimento de parcerias de cooperação com empresas locais é uma estratégia de internacionalização que se adequa mais facilmente à realidade da maioria das empresas nacionais, tendo em conta os seus recursos financeiros, técnicos e humanos.

A história da Alvo é um bom exemplo desta situação. Sendo uma empresa que obteve desde o início um crescimento constante e estável, outros mercados entraram no nosso horizonte. Tudo começou quando começámos a receber solicitações para desenvolver projectos de grande dimensão em Moçambique. Vimos neste mercado um grande potencial e, já com dois anos de experiência em Moçambique, decidimos abrir uma filial neste país em 2008.

Tomámos esta decisão com o objectivo de consolidar a nossa presença junto de actuais e potenciais clientes em Moçambique. No entanto, passados dois anos, apercebemo-nos que a nossa maior força, a nossa mais-valia, é a experiência e o valor da nossa equipa de consultores. E que, para levar esta experiência até outros mercados, não é na realidade necessária uma presença física (materializada em delegações) que implicava um investimento considerável.

Faz parte da cultura da Alvo nunca baixar os braços perante adversidades. Por isso, após nos apercebermos que abrir delegações não era a melhor solução para nós, alterámos a nossa estratégia. Não desistimos de uma presença internacional, porque continuámos a acreditar que tínhamos muito para oferecer às empresas dos mercados externos, principalmente nos PALOPs.

Chegámos à conclusão que formalizar parcerias com empresas locais traria mais vantagens para ambas a empresas. A Alvo beneficia de uma estrutura comercial sólida e do profundo conhecimento do mercado por parte do parceiro e este beneficia da experiência e conhecimentos técnicos dos nossos consultores.

A Alvo representa uma história de sucesso de internacionalização, sendo a prova que um modelo de estabelecimento de parcerias se adequa à realidade das PMEs nacionais. Hoje em dia podemos dizer que já desenvolvemos vários projectos em países como Moçambique, Angola, Cabo Verde, Macau e Timor e, em 2012, o peso dos serviços realizados no estrangeiro representou 15% do volume total de facturação. E pensamos vir a reforçar estes números nos próximos anos.

Como conclusão, uma empresa não deve recusar uma eventual aposta na internacionalização só pela sua dimensão. Aliás, as empresas portuguesas têm muito potencial e valor para oferecer e é saudável que os nossos empresários sintam que têm capacidade para ter sucesso noutros mercados. No entanto, a internacionalização é um resultado da maturidade das empresas e é um processo que tem de ser planeado, bem estruturado e suportado numa sólida estratégia.

Carlos Couto
Director Geral
Alvo - Tecnologias de Informação
www.alvo.com



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