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fevereiro de 2013 | nº24
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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJECTOS NA ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS

Os dias de hoje são de facto bem diferentes de há poucos anos atras.

A necessidade de olhar para o exterior não como um mar inalcançável mas como um terreno de possibilidades em que as organizações podem concretizar muitos ganhos, impera. No entanto, também se poderão dar derrocadas em grandes proporções.

É necessário internacionalizar, mas é obrigatório preparar!

É precisamente por ser um processo que implica elevados níveis de qualidade, ganhos e resultados é que se invoca a Gestão de Projetos. A Gestão de Projetos tem-se vindo a consolidar ao longo do tempo como uma estratégia empresarial muito bem-sucedida, rentável e com resultados de processos, de gestão e inovação, sendo, desta forma, totalmente relacionada com a decisão de planeamento estratégico de uma empresa em se internacionalizar. 

Qualquer projecto é desenvolvido por etapas, é planeado, executado e controlado através de procedimentos realizados por gestores de projecto, através de tarefas e dos seus pacotes de trabalho, que são as subdivisões das tarefas a serem realizadas. Estes procedimentos tornam-se importantes na medida em que concorremos num mercado que exige uma permanente evolução, não só de produtos como também da melhoria, das mudanças organizacionais da gestão estratégica das empresas, dos prazos e dos recursos.

É fundamental em cada projecto, identificar as necessidades, estabelecer objetivos claros e mensuráveis, mitigar riscos entre gerir qualidade, tempo, custo e âmbito, bem como gerir as espectativas dos stakeholders. Para que a Gestão de Projetos seja realizada da forma mais correta, é necessário garantir que os recursos possuem competências de gestão e que por sua vez a gestão de topo das organizações está com elas alinhada.

O ciclo de vida de um projeto (de internacionalização, no caso) compreende as suas diversas fases, em que cada uma no seu fim é marcada por uma revisão das entregas e do desempenho do projecto. Existem ainda duas características importantes que não podem deixar de ser mencionadas: os custos são geralmente gradualmente maiores e os riscos que vão acontecendo à medida da evolução do projecto.

A internacionalização, enquanto um processo evolutivo e contínuo, do envolvimento de uma empresa em operações com outros países, fora do seu mercado de origem, significa a operação em diferentes nações, conduzindo a factores importantes como transferências de capital, desenvolvimentos de novos produtos e novos projectos de cooperação com parceiros estrangeiros ou simplesmente a comercialização dos seus produtos noutros países. Existem no entanto, considerações macro no processo de internacionalização que devem ser consideradas: o modelo macroeconómico utilizado no país de origem; a competitividade internacional; e por fim a evolução da tecnologia da informação e das telecomunicações.

A decisão de internacionalizar uma empresa é estratégica das empresas, portanto, patrocinada pela alta direção, acionistas e executivos e está intimamente ligada à necessidade emergente de manter, fortalecer e ampliar a sua posição nos mercados-alvo e ganhar experiência operacional e de gestão nos mesmos.

Entrar no mercado internacional deveria ser um caminho sem volta. As empresas que, hoje em dia, procuram internacionalizar-se têm pela frente condições radicalmente distintas das que foram enfrentadas por aquelas vividas no passado. Hoje, destacam-se alguns factores como a existência de muita capacidade de produção de bens e serviços ou os objectivos políticos que levam os governos a intervir no processo de internacionalização. A decisão de explorar novos mercados geográficos tem fortes implicações no modus operandi das organizações. As empresas têm de decidir e pesar os riscos positivos e negativos através de um cuidadoso planeamento e definição de âmbito para todo esse processo seja um projeto de sucesso.

É um processo em que a Gestão de Projectos é um instrumento tático de execução de ações estratégica.

O grande desafio que é enfrentado pelos projetos de internacionalização é a falta de competências encontradas na gestão de topo e a pouca capacidade das direcções das empresas. No entanto, quando se consegue a internacionalização, as empresas multinacionais são capazes de realizar operações bastante lucrativas tirando partido das diferenças de custos e os preços praticados entre os diversos países em que operam. Estas empresas têm flexibilidade para mover as suas equipas, explorar regimes tributários favoráveis, reagir a mudanças nas taxas de conversão e transferir conhecimento e ‘know-how’ de um país para outro, reagindo mais rapidamente a ameaças e oportunidades.

É neste contexto de riscos negativos e positivos que deve ser considerada a Gestão de Risco, pois serve precisamente para identificar, analisar de modo quantitativo e qualitativo e planear respostas e reações aos riscos, monitorando e controlando-o assim as incertezas do projecto. Os riscos mais comuns num projeto de internacionalização relacionam-se com questões de padrões e regulamentos; questões pertinentes à internacionalização; diferenças culturais (políticas, económicas, éticas, étnicas e religiosas); e sustentabilidade social.

O sucesso de um projecto internacional de cariz estratégico empresarial resulta na presença fora do país, e apenas pode acontecer acompanhado de um projeto bem planeado e estruturado. Cada empresa, de acordo com a sua situação deve analisar e pesar o que é mais viável ao seu negócio. As portas do mundo estão abertas, resta saber se é viável atravessá-las ou não.

Ana Carmo
Administradora
AMBITHUS




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