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novembro de 2013 | nº26
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A NOVA ERA DA GESTÃO DE RISCOS - ISO 31000

A nova definição de Risco e sua importância para as organizações

Atualmente as organizações desenvolvem-se em ambientes com constantes, imprevisíveis, voláteis mudanças tornando, cada vez mais desafiantes, as atividades e desenvolvimento de negócios. Onde o risco faz parte do dia-a-dia das organizações e, atualmente mais do que nunca, deve ser gerido de uma forma consciente. As organizações, como forma de transparência na divulgação da informação para os investidores e outras partes interessadas, devem expor as suas políticas de risco e a forma como pretendem alcançar os objetivos que se propõem numa ótica de continuidade e sustentabilidade. Os mercados globais com grande complexidade e forte concorrência levam a que as empresas se afirmem pela sua capacidade de organização.

A estrutura conceptual mais atual e considerada o ‘state of the art’ na matéria de gestão do risco é a ISO 31000 Risk management – Principles and Guidelines. Esta norma pretende definir princípios que permitam a cada organização desenvolver um modelo feito à medida, ajustado aos seus processos e alinhado com a sua estratégia.

Como exemplos marcantes e mundialmente conhecidos de inexistência de sistemas de gestão do risco adequados temos o caso dos Lehman Brothers, Toyota, Ford, Kodak, Apple, desastre nuclear de Fukushima, entre outros, os quais continuam a representar custos elevadíssimos a nível financeiro, de reputação, legais ou estratégicos, implicando uma dificuldade acrescida de atingir os objetivos estratégicos de negócio. Assiste-se a uma crise financeira desde 2008 que atualmente ainda não se consegue perspetivar o fim.

É, neste contexto, que a ISO 31000, ao permitir um total alinhamento com os restantes normativos de gestão, tem vindo a assumir uma relevância crescente, não só na perspetiva de identificação de riscos, mas também de oportunidades, como referencial universalmente aceite como suporte à implementação de sistemas de gestão do risco, bem como driver para a excelência e performance operacional.

As organizações encontram-se cada vez mais a apostar em novos produtos, novos mercados, aquisição de empresas, parcerias, subcontratação de serviços de apoio e de áreas importantes como a produção e as vendas, fazendo com que o risco inerente aumente. A gestão eficaz do risco está em identificar, de forma clara e transparente, quais os riscos que se assumem e aqueles que se evitam ou eliminam.

Em Portugal ainda são poucas as organizações que têm uma gestão do risco a funcionar de acordo com as melhores práticas conhecidas.

O risco é algo sempre presente na vida das organizações, assim como deverá ser a sua gestão.

Enquanto as organizações gerem o risco a diferentes níveis, esta Norma Internacional ISO 31000 estabelece um conjunto de princípios que devem ser cumpridos de forma a tornar eficaz a gestão do risco. Recomenda que as organizações desenvolvam, implementem e melhorem continuamente uma estrutura, cujo objetivo é integrar o processo de gestão do risco na governação, estratégia e planeamento, gestão, processos de reporte, políticas, valores e cultura.

O QUE É UM RISCO, SEGUNDO A ISO 31000?

Risco é o efeito da incerteza nos objetivos!

  • Um efeito é um desvio em relação ao esperado – positivo e/ou negativo
  • Os objetivos podem ter diferentes aspetos (tais como metas financeiras, de saúde e segurança e ambientais) e podem aplicar-se em diferentes níveis (tais como estratégico, em toda a organização, de projeto, de produto e de processo).

Tipos de riscos estrategicamente alinhados:


A ISO 31000

A publicação desta ISO vem reconhecer a importância da gestão do risco para as organizações.

Uma vez que esta norma foi desenvolvida por um grupo de trabalho bastante generalista incluindo participantes de mais de 30 países, tem-se como perspetiva uma grande aceitação internacional ao longo dos próximos anos.

Esta norma é genérica, apresentando um processo que pode ser aplicado a cada realidade e organização de acordo com as suas especificidades.

A ISO 31000 foi traduzida e publicada em Portugal em 2012, existindo já uma atualização em 2013.

COMO MAIS-VALIAS VAI PERMITIR A ORGANIZAÇÃO:

  • Aumentar a probabilidade de atingir objetivos
  • Encorajar a gestão proactiva
  • Estar consciente da necessidade de identificar e tratar o risco em toda a organização
  • Melhorar a identificação de oportunidades e ameaças
  • Cumprir todos os requisitos legais e regulatórios e as Normas internacionais
  • Melhorar os relatos obrigatórios e voluntários
  • Melhorar o governo da sociedade
  • Melhorar a confiança das partes interessadas / Stakeholders
  • Estabelecer uma base fiável para a tomada de decisão e planeamento
  • Melhorar os controlos e minimizar os riscos identificados
  • Assegurar a alocação e utilização eficientes dos recursos para o tratamento do risco
  • Melhorar a eficiência e eficácia operacional
  • Aumentar o desempenho da saúde e segurança no trabalho, bem como a proteção do ambiente
  • Melhorar a prevenção de perdas e a gestão de incidentes
  • Minimizar as perdas
  • Melhorar a aprendizagem organizacional
  • Melhorar a resiliência da organização 

PROCESSO DA GESTÃO DO RISCO:

Processos de Gestão de risco

Figura 2: Estrutura da Gestão do Risco (adaptado da ISO 3100:2013)

A publicação da ISO 31000 vem reconhecer a importância da gestão do risco para as organizações.

A publicação da ISO 31000 vem reconhecer a importância da gestão do risco para as organizações

A ISO 31000 é por si só a prova de que é possível a criação de um standard internacional para sustentar a gestão de risco transversal a qualquer sector.  

Inês Pereira
Consultora
Qualiwork



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