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Easymed - Qualidade do Ar Interior em Edifícios Administrativos

Logo EasymedAs empresas, hoje em dia, estão sediadas em edifícios de escritórios onde os seus funcionários passam uma boa parte da sua vida.
Esta é uma realidade imutável.
Um dos factores de conforto e segurança é a Qualidade do Ar Interior (QAI) que é fundamental para a manutenção da produtividade laboral e da saúde dos funcionários. Em termos gerais, pode-se considerar que a  QAI é aceitável quando está livre de odores, de sujidade e contaminantes em quantidades nocivas e não está demasiado quente ou frio, ou, seco ou húmido.
Figura1A obtenção destes parâmetros, é conseguida através de ventilação adequada, manutenção e higienização dos sistemas de ventilação e climatização, monitorização de factores de temperatura, humidade e movimentação do ar aceitáveis para a maioria dos ocupantes, manutenção de equipamentos de trabalho e superfícies em boas condições sanitárias e afastamento das fontes poluidoras significativas dos espaços ocupados.

Os factores que influenciam a QAI podem ter origem tanto dentro do edifício, como na entrada do ar exterior. São vários os efeitos imediatos da contaminação do ar interior: irritação nos olhos, no nariz e na garganta, fadiga, dores de cabeça e tonturas e o seu aparecimento logo após a exposição depende de diversos factores: idade, historial clínico e susceptibilidade individual, podendo esta última ainda ser afecta pelo número de exposições. Estas queixas, que inicialmente podem apontar para problemas relacionados com a QAI, surgem ou pioram devido a “stressores” ambientais (p.ex. iluminação, ruído e vibrações), ergonómicos e sociológicos (relações entre pares).

Figura2Certos sintomas são semelhantes aos das constipações ou outras viroses, o que torna difícil a sua associação à exposição da contaminação do ar interior. Desta forma, é importante ter em conta o local e período de tempo em que os sintomas se manifestam para verificar se estão associados ou não a uma QAI não aceitável. Outros efeitos podem surgir após longos períodos de exposição ou até mesmo anos, podendo ser respiratórios, cardíacos ou mesmo oncológicos.

Os Decretos-Lei nº 78/2006, nº 79/2006 e nº 80/2006, de 4 de Abril, estabelecem requisitos legais para a promoção da eficiência energética dos edifícios e para o cumprimento de requisitos no âmbito da QAI cuja despreocupação têm levado ao aparecimento de problemas com impacte significativo ao nível da saúde dos ocupantes. Entre outros requisitos, estes diplomas estabelecem a necessidade da monitorização e adequação do conforto ambiental e da QAI à actividade desenvolvida, recorrendo a medições e auditorias regulares, no sentido único de garantir a higiene dos espaços de trabalho e a salvaguarda da saúde dos seus ocupantes. Com estas medidas, pretende-se entre outros factores, a promoção do aumento da produtividade e da qualidade da actividade profissional, assim como a diminuição da probabilidade de disseminação de microrganismos patogénicos.

Figura3Algumas recomendações:

  • Operações de manutenção, construção e/ou melhoria de infra-estruturas devem ser realizadas de forma a minimizar a exposição dos ocupantes;
  • Os locais de trabalho devem dispor de ar suficiente para o número de trabalhadores, em função dos métodos de trabalho e do esforço físico requerido;
  • A concepção e disposição dos postos e equipamentos de trabalho devem ter em consideração a contaminação do ar ambiente;
  • A concentração dos contaminantes químicos existentes no ar não podem ultrapassar os valores legislados e/ou recomendados;
  • Qualquer sintomatologia apresentada pelos ocupantes deve ser tida em consideração e deve ser averiguada se a sua existência é ou não provocada pela QAI;
  • Informar e sensibilizar os trabalhadores sobre os problemas ou riscos do ambiente de trabalho e da necessidade de desenvolverem atitudes que permitam contribuir para a manutenção de um ambiente de trabalho, seguro e são.
A Qualidade do Ar Interior é determinada por vários factores, engloba o estudo de diversas variáveis e implica que sejam tomadas medidas correctivas e/ou preventivas mas, o objectivo último é manter um ambiente de trabalho saudável, ou seja, livre de contaminantes em concentrações potencialmente perigosas à saúde e que apresente, um mínimo, de 80% dos ocupantes sem queixas ou sintomatologia de desconforto.

 

Ana Margarida Dinis
Técnica Superior de Higiene e Segurança do Trabalho
Easymed, Lda

 

 

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