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Sustentabilidade da Gestão Ambiental • Pegada ecológica Os SGA são, sem dúvida, a ferramenta mais utilizada. Assentam no princípio de melhoria contínua que permite às organizações torná-las ambientalmente pró-activas e mais eficientes. Possibilitam a implementação estruturada de um sistema de gestão e fornecem às organizações informação sobre o seu desempenho ambiental. Com uma mudança na perspectiva de como as organizações vêm o ambiente, espera-se que estas compreendam as vantagens competitivas resultantes da implementação de um SGA. Para além disso, num contexto onde as matérias-primas e a energia se tornam escassas, a capacidade para produzir melhor com menos recursos é um factor de competitividade. Os SGA são ferramentas de gestão ambiental eficazes na resolução de problemas ambientais complexos e interligados. Podem constituir mecanismos de optimização das actividades e processos das organizações, tornando os indivíduos mais conscientes da dinâmica do ambiente, melhorando os níveis de comunicação e transformando-as em instituições mais flexíveis. São estruturas que desenvolverão nos actores culturas de conhecimento e sensibilização para as questões ambientais, as quais são essenciais para a sustentabilidade. Os SGA são excelentes ferramentas de apoio à gestão e organização de uma instituição. Se associados a uma visão integradora e sistémica face aos problemas ambientais de uma qualquer instituição, poderão ser utilizados como impulsionadores da sustentabilidade. É importante existir uma forte integração da componente social na implementação dos sistemas, a força motriz das organizações, a qual permite o desenvolvimento dos conhecimentos, capacidades e competências dos indivíduos. Desta forma consegue-se uma mudança de mentalidades e dos comportamentos sem o que não existe uma alteração consequente e duradoura da organização em direcções à sustentabilidade. No entanto, para que os SGA sejam aplicáveis a qualquer actividade com igual eficiência no alcance dos objectivos a que esta se propõe é necessário que haja uma flexibilização e simplificação na estrutura e metodologia de implementação que até então tem sido praticada. Em termos de contribuição para a sustentabilidade individual das organizações e para o desenvolvimento sustentável no seu global, uma metodologia participativa apresenta vantagem dado que proporciona o progresso e consciencialização dos actores, permitindo que estes actuem de forma cívica e responsável em qualquer actividade e perante qualquer problema ambiental. Cada organização tem características próprias, e tendo como objectivo principal a aplicação do conceito de desenvolvimento sustentável no seio da sociedade, deve promover a concepção de ferramentas adaptáveis à sua realidade e que promovam a participação, envolvimento e formação dos actores como garantia da alteração de valores e comportamentos perante o ambiente. A implementação de sistemas segundo estas “regras” deverá ser acompanhada de perto com as alterações de valores, o que implica mostrar confiança nos actores e permitir que estes tenham uma palavra a dizer no processo de tomada de decisão e partilha das responsabilidades. Dentro das vantagens de que uma organização beneficiará ao adoptar este tipo de ferramenta, para além do cumprimento dos objectivos da gestão ambiental, salientam-se: • Aumento da produtividade Acima de tudo, é recorrendo à utilização deste tipo de ferramentas que se consegue alcançar a sustentabilidade das organizações, o seu reconhecimento e manter o equilíbrio económico-ambiental da sociedade.
Manuela Carreiras
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