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novembro de 2013 | nº26
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31 de Outubro, o dia mundial da Poupança

O dia Mundial da Poupança, celebrado a 31 de Outubro, relembra que apesar de a vida se viver dia a dia, também é necessário pensar a longo prazo, é necessário diferir, é necessário planear e conceber o futuro financeiro.

Para realizar planos a longo prazo e ainda conseguir poupar é importante conhecer alguns conceitos básicos que podem ajudar a compreender melhor os passos necessários a uma gestão eficaz do dinheiro.

Um dos conceitos fundamentais é o de orçamento doméstico. Um orçamento doméstico é um plano, um mapa onde se inscrevem os rendimentos e as despesas previstas para um determinado período. Para preparar um bom orçamento é necessário fazer uma previsão de despesas futuras, tendo por base aquilo que se fez no passado.

Ao fazer um orçamento podemos determinar a diferença entre os rendimentos e os gastos, ou seja, apurar o saldo. Devemos ter especial atenção ao saldo, porque não devemos gastar mais do que aquilo que recebemos e por isso o saldo deve ser sempre positivo.

O orçamento deve ser construído com rigor e por isso devemos contabilizar de forma fidedigna todos os rendimentos e todas as despesas que ocorreram e que prevemos no horizonte temporal que definimos.

As despesas, ou saídas de dinheiro, devem ser organizadas de acordo com a sua natureza em:

  • Despesas fixas: são despesas que resultam de contratos;
  • Despesas correntes: são aqueles gastos do dia-a-dia como refeições ou o café da manhã;
  • Despesas ocasionais: são aquisições que fazemos de vez em quando, como um automóvel ou as férias.

Algumas despesas são fundamentais mas outras são adiáveis ou mesmo supérfluas, devemos sempre avaliar a necessidade e relevância das despesas e construir um orçamento que permita gerar uma poupança periódica mesmo que o valor seja baixo.

Porque devemos então poupar:

  • para gerar uma poupança adicional, por motivo de precaução, por forma a obter uma maior margem de segurança face ao futuro incerto;
  • para gerar uma poupança para um fim/projeto concreto (viagem, carro, casa, etc.);
  • para gerar uma poupança providencial ou de investimento, para acautelar o longo prazo;
  • para amortizar uma dívida, caso tenhamos recorrido ao crédito para, por exemplo, pagar os estudos;
  • para gerar um excedente que permita suportar uma despesa adicional previsível a curto/médio prazo;
  • para gerar um excedente que permita suportar um serviço da dívida mais elevado em resultado do recurso ao crédito.

Agora que sabemos das razões porque devemos poupar considere algumas dicas para poupar no dia-a-dia:

  • Utilizar um mealheiro para amealhar um euro ou mais por dia.
  • Fazer um orçamento, que permitirá saber sempre com que contar.
  • Poupar no consumo de energia, alterar hábitos, mudar o contrato com o teu fornecedor para tarifa bi-horária ou tri-horária, mudar de fornecedor. Evitar ter luzes ou equipamentos ligados quando não for necessário. Calafetar as portas e janelas, melhorar o isolamento térmico. Usar lâmpadas economizadoras. Evitar manter os aparelhos em stand-by. Utilizar as máquinas de lavar, com a carga máxima e num programa de baixa temperatura.
  • Poupar no consumo de água. Evitar torneiras a pingar, tomar duche ao invés de banho de emersão, fechar a água enquanto se ensaboa, lava os dentes ou barbeia. Reduzir a água usada no autoclismo colocando uma garrafa cheia de água dentro do mesmo. Não lavar a loiça em água corrente, usar a bacia ou o alguidar. Utilizar as máquinas só quando estiverem cheias.

A poupança em Portugal nas últimas duas décadas apresentou uma tendência decrescente que felizmente desde 2009 parece se estar a alterar. O futuro exige uma poupança por parte do país suficiente para assegurar investimentos rentáveis que garantam um crescimento sustentável, portanto poupar é uma incumbência fundamental ao nível individual mas e também ao nível macroeconómico.

João Calado, Diretor
Sandra Lopes, Coordenadora
GOEC – Gabinete de Orientação ao Endividamento dos Consumidores
Gabinete integrado na Rede de Apoio ao Consumidor Endividado

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